Uso combinado de Separação de Componentes posterior - variação de Madrid com separação de componentes anterior para reconstrução complexa: um caso clínico
Autores
José P Vieira Sousa, Telma Fonseca, Rita Ribeiro Dias, Eva Barbosa, Silvestre Carneiro
Resumo Introdução
A separação de componentes posterior com libertação do transverso do abdómen (TAR) não deve ser associada no mesmo procedimento à separação de componentes anterior (SCA) devido ao risco de instabilidade da parede abdominal.
Resumo Métodos
No entanto, após um TAR nem sempre é possível encerrar a aponevrose anterior, e medializar os rectos abdominais de forma a atingir uma reconstrução completamente funcional. A variação de Madrid do TAR (TAR - Madrid) não secciona os músculos transversos evitando instabilidade e a possível desenervação na região superior abdominal. Apresentamos assim um caso clínico ilustrando o uso de TAR-Madrid associada a SCA para uma reconstrução complexa abdominal.
Resumo Resultados
Paciente de 61 anos com uma hérnia M2-M4W3 (12 cm de diâmetro transverso) após múltiplas cirurgias por perfuração iatrogénica do sigmoide durante uma colonoscopia. Efetuada toxina botulínica 4 semanas antes da cirurgia, de forma ecoguiada e conforme protocolo da Unidade.
Resumo Discussão
A cirurgia consistiu em viscerólise extensa + TAR-Madrid bilateral com colocação de rede retromuscular com 35(L) x40cm(T) + SCA no 1/3 superior com medialização dos rectos abdominais e colocação de rede onlay 15 (L) x 30 (T) no local da SCA com reinserção da aponevrose dos oblíquos sobre a rede. O pós-operatório não teve complicações, com alta ao 8º dia. Seguimento ainda curto, mas boa funcionalidade abdominal e sem recidiva.