Uma corrida de obstáculos: gestão de complicação associada a PPP
Autores
Diogo Melo Pinto, Fernando Baptista, Mara Nunes Pedro Saraiva, Joana Correia
Resumo Introdução
Mulher de 59 anos com antecedentes de laparotomia mediana (cesariana) complicada de infeção profunda e, posteriormente, de hérnia. Correção prévia desta hérnia com prótese mas com recorrência.
Resumo Métodos
Apresentava hérnia M3-5W2R1 com 32% de perda de domínio, sem factores de risco com excepção de obesidade IMC 34,5kg/m2. Proposta para injeção de toxina botulínica e pneumoperitoneu progressivo (PPP) como neoadjuvantes para a cirurgia de correção da hérnia.
Resumo Resultados
Após os primeiros dias de instilação de ar apresentou queixas de dor abdominal, sensação de dispneia e "peso torácico", sem enfisema subcutâneo ou alterações dos sinais vitais. Re-avaliada por imagem de TC onde se identificou infiltração do ar entre todas as camadas musculares (e não na cavidade abdominal) criando dúvida sobre a integridade destas estruturas. Foi colocado novo catéter por técnica cirúrgica e submetida a TAR bilateral com prótese retromuscular, reforçado com prótese supra-aponevrótica, em sandwich, para reforço da linha semilunar. Utilizado sistema de pressão negativa para integração da prótese e realizado encerramento da parede com paniculectomia em cirurgia diferida. Sem morbilidade e sem recidiva até ao momento.
Resumo Discussão
O PPP é uma técnica importante mas não está isento de complicações. Um baixo índice de suspeição pode conduzir a um diagnóstico mais célere do problema e as unidades de parede abdominal têm que ter acesso a diferentes estratégias cirúrgicas e a diferente material protésico para responderem às complicações