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Resultados Cirúrgicos, Recorrência e Fatores de Risco nos Feocromocitomas e Paragangliomas: Experiência de 20 Anos num Centro Terciário

Autores

José P Vieira de Sousa, Luís Sá Vinhas, Tiago Pimenta, Pedro Sá Couto, Silvestre Carneiro

Resumo Introdução

Os feocromocitomas e os paragangliomas (PPGL) são tumores neuroendócrinos raros, sendo a resseção cirúrgica eficaz na doença localizada, mas o tratamento na doença metastática continua limitado. Este estudo pretende avaliar os resultados cirúrgicos, a taxa de recorrência e identificar fatores de risco.

Resumo Métodos

Estudo retrospetivo que incluiu 69 doentes submetidos a exérese de PPGL entre 2004 e 2024. Recolheram-se os dados clínicos, as características do tumor, a abordagem cirúrgica e os dados do follow-up.

Resumo Resultados

A idade média foi de 50.2 anos, sendo 52.2% do sexo masculino. Os sintomas mais comuns foram hipertensão e palpitações. O tumor localizava-se na glândula suprarrenal em 72.5%, e tinha localização extra-adrenal nos restantes, sendo 21.7% no abdómen e 5.8% na cabeça e pescoço. Realizou-se teste genético em 58%, tendo-se identificado mutação patogénica em 52.5% destes. A cirurgia por via minimamente invasiva foi realizada em 69.6%, e a taxa de complicações major (CD III-V) foi de 8.6%. A recorrência foi observada em 11.6%, com sobrevida livre de doença mediana de 32 meses.

Resumo Discussão

A cirurgia é eficaz no tratamento dos PPGL, com baixa taxa de complicações. A taxa de recorrência de 11.6% destaca a importância do follow-up a longo-prazo, especialmente se mutação identificada ou em idade jovem. É crucial reconhecer que mesmo os feocromocitomas benignos nem sempre podem ser curados apenas com cirurgia, realçando a necessidade de uma estratégia de tratamento personalizada e multidisciplinar.

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