Restabelecer o trânsito e corrigir a hérnia: quando só temos uma oportunidade
Autores
Filipe Neves, Diana Parente, Rita Brásio, Cristina Aniceto
Resumo Introdução
A criação de um estoma intestinal é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados. A complicação mais comum a longo prazo após a sua realização é a hérnia paraestomal. As hérnias laterais são tratadas com reparação com rede retromuscular (sublay). Especialmente em hérnias de elevadas dimensões, uma sobreposição suficiente da rede de pelo menos 5?7 cm só é execuível através de um procedimento TAR (Transversus Abdominis Release) Reverse
Resumo Métodos
Doente com hérnia paraestomal submetida a reconstrução do trânsito intestinal + TAR Reverse à esquerda
Resumo Resultados
Doente do sexo feminino, 49 anos, com HTA, obesidade e DM2, recorre ao SU com extenso processo inflamatório da nádega direita, caracterizado por TC. Por ter evoluído em choque séptico, foi submetida a desbridamento cirúrgico e admitida no SMI. No decorrer do internamento realizou-se colostomia derivativa. Totalizou 80 dias de internamento sob antibioterapia múltipla, 38 dias dos quais sob TPN. No seguimento, identicou-se uma hérnia paraestomal, caracterizada por TC. Após perda de 14 Kg, de 83 Kg para 69 Kg, ao longo de 18 meses, a doente foi submetida a reconstrução do trânsito intestinal + TAR Reverse à esquerda. Após um ano de seguimento, mantém-se sem recidiva herniária, sem dor e com trânsito intestinal regular
Resumo Discussão
A reconstrução retromuscular lateral aberta com redes que atingem a linha média apresenta excelentes resultados a longo prazo. Acrescentar TAR Reverse, permite, sem aumentar as complicações, obter resultados semelhantes a longo prazo