ESOFAGECTOMIA TRANSTORÁCICA E ESOFAGOCOLOPLASTIA COM CÓLON ESQUERDO EM DOENTE COM RECIDIVA DE CARCINOMA DO CÁRDIA
Autores
Inês Faria-Teixeira, M.D.; António M. Gouveia, M.D., Ph.D.; Fabiana Sousa, M.D.; Fábio Gomes, M.D.; Diogo Cruz, M.D.; José Barbosa, M.D., Ph.D.; Silvestre Carneiro, M.D., Ph.D.
Resumo Introdução
A esofagectomia é considerada o tratamento gold standard no cancro esofágico ressecável. Embora o estômago seja o órgão mais utilizado na reconstrução digestiva, existem situações em que não é possível utilizar o tubo gástrico.
Resumo Métodos
?, 46 anos, com antecedentes de obesidade: banda gástrica (2002) e sleeve gástrico (2016). Adenocarcinoma do cárdia (Siewert tipo II) (2023): submetida a gastrectomia total e esofagectomia distal, linfadenectomia D2 e reconstrução em Y de Roux via laparoscópica. A histologia confirmou margens cirúrgicas negativas. Contudo, a endoscopia de rotina revelou recidiva na anastomose esófago-jejunal.
Resumo Resultados
Optou-se por realizar esofagectomia e uma esofagocoloplastia com cólon esquerdo. A menor mobilidade do mesocólon e a existência de uma arcada vascular adequada foram critérios de decisão para realizar a coloplastia anisoperistáltica com pedículo na artéria cólica média. A toracotomia direita permitiu realizar a esofagectomia, linfadenectomia e anastomose esófago-cólica. O teste com verde de indocianina confirmou a viabilidade do segmento cólico e a perfusão adequada da anastomose. O período pós-operatório decorreu sem intercorrências e a doente apresenta bom resultado funcional.
Resumo Discussão
Este caso clínico ilustra o tratamento cirúrgico da recidiva de carcinoma do cárdia após gastrectomia total, comprovando o sucesso de procedimentos cirúrgicos complexos. A utilização do cólon esquerdo como esofagocoloplastia constitui uma abordagem alternativa eficaz em casos selecionados.