Benefício do mapeamento vascular na construção de uma Fístula Artério-Venosa
Autores
Autores: Marta Moradias; Nádia Silva; Inês Barros; Sofia Corado; Mafalda Sobral; Sofia Carrelha; Ana Pena; Tiago Assis Pereira; Patrícia Alves; Hugo Pinto Marques Filiação: ULS S. José Autor correspondente: Marta Moradias, martamoradias@gmail.com
Resumo Introdução
A terapêutica de substituição com Hemodiálise na insuficiência renal é uma realidade para mais de 4 milhões de pessoas. O acesso vascular autológo (FAV) é o "gold standard" para a terapêutica de substituição renal. O mapeamento vascular dos membros superiores veio mostrar-se benéfico em associação ao exame objetivo, permitindo a medição precisa do diâmetro dos vasos, fluxo vascular e exclui alguma lesão vascular
Resumo Métodos
Este estudo retrospetivo inclui todos os doentes que foram submetidos a construção de acesso vascular entre Janeiro de 2015 e Outubro de 2024. O mapeamento vascular foi realizado por nefrologistas com diferenciação em ecografia vascular a partir de Janeiro de 2020. Foram consultados os processos clínicos de 1729 doentes. O bom funcionamento da fístula foi avaliado no pós-operatório precoce até aos 15 fias e aos 45 dias.
Resumo Resultados
A mediana de idades é de 68 anos e uma prevalência de diabetes de 41,2%. A mediana de tempo de espera foi de 25 dias. Foram construídos 2022 acessos: 357 (17,7%) radiocefálicos; 927 (45,9%) umerocefálica; 276 (13,6%) umeromediana. Na avaliação pós-operatória, a não patência do acesso e necessidade de reintervenção verificou-se em 8,7% dos doentes com fistulas realizadas sob mapeamento vascular e em 16,2% das fistulas realizadas sem mapeamento. (p <0,01). 48 (20,8%) destes necessitaram de novas reintervenções.
Resumo Discussão
A realização de mapeamento vascular está associado a uma melhoria da frequência falência primária e a longo prazo dos acessos vasculares.