Tumor fibroso calcificante gástrico: um achado inesperado
Autores
Rita Ribeiro Dias, Elisabete Campos, Fabiana Sousa, José Barbosa, Silvestre Carneiro
Resumo Introdução
Os tumores fibrosos calcificantes são neoplasias raras, benignas, com predileção pelos tecidos moles e trato gastrointestinal. Têm maior incidência no sexo feminino, surgindo mais em crianças e jovens.
Resumo Métodos
Caso clínico
Resumo Resultados
Mulher, 36 anos, sem antecedentes. Realizou EDA por queixas de pirose e enfartamento, com evidência de lesão subepitelial na face anterior da incisura gástrica. Na TC foi descrita lesão nodular com calcificações periféricas, na interface entre o lobo hepático esquerdo e a vertente superior do antro gástrico e a pequena curvatura, sugestiva de GIST. Apesar de múltiplas tentativas de biópsia por EDA e EUS, as amostras obtidas foram insuficientes para caracterização histológica. Após discussão do caso em Reunião multidisciplinar, foi proposta para cirurgia. A doente foi submetida a gastrectomia atípica por via robótica, sem intercorrências, tendo tido alta ao 5º dia pós-operatório. O exame histológico revelou tratar-se de um tumor fibroso calcificante gástrico.
Resumo Discussão
Os tumores fibrosos calcificantes não apresentam características endoscópicas ou imagiológicas patognomónicas, pelo que o diagnóstico depende do exame anatomopatológico. Sendo uma lesão benigna, o seu prognóstico é excelente. A ressecção endoscópica ou a cirurgia são opções terapêuticas possíveis. Os tumores fibrosos calcificantes são, por vezes, erradamente diagnosticados como outros tumores, em particular GIST. A sua diferenciação é importante, pois têm diferentes prognósticos e orientações terapêuticas.