Toxina botulínica A (TBA) e o Pneumoperitoneu Progressivo (PPP) no tratamento de doentes com hérnias incisionais complexas
Autores
José Pedro Costa, Dr. António Lemos, Dr. Bruno Barbosa, Dr. Jorge Pereira
Resumo Introdução
O tratamento de hérnias incisionais complexas é um desafio para os cirurgiões de parede abdominal. Avanços nas técnicas cirúrgicas e adjuvantes, como a TBA e o PPP, têm otimizado a gestão destes doentes. .
Resumo Métodos
Estudo descritivo de doentes submetidos a TBA e/ou PPP pré reparação de hérnia incisional complexa entre janeiro de 2023 e novembro de 2024.
Resumo Resultados
Operaram-se 6 doentes, com defeito herniário médio de 15,2 cm (11-25) em que se utilizaram a TBA e/ou o PPP, segundo critérios protocolados no serviço. Todos realizaram cinesiterapia pré-operatória. Em todos os casos, predominou a abordagem por via aberta, com recurso a próteses de polipropileno simples, em média com 1146 cm2. O tempo médio de internamento pós operatório foi de 6 dias, sem internamentos em unidade de cuidados intensivos (UCI). Como complicações, a registar infeção do local cirúrgico (17%) e insuficiência respiratória (17%). Com um follow-up médio de 184 dias (0-463), não houve recidivas herniárias até à data.
Resumo Discussão
A prevalência da abordagem cirúrgica por via aberta, através da técnica de libertação do músculo transverso (TAR) e da técnica de Rives Stopaa foi reflexo das grandes dimensões herniárias, mas também da eventual inexperiência do grupo em abordagens minimamente invasivas. Após revisão de estudos como o realizado por Muñoz-Rodriguez et al. (2020), percebe-se que as complicações pós operatórias e recidivas foram menores em comparação com casos sem a utilização da TBA e/ou do PPP.