Colecistectomia em Ambulatório: Experiência de 3 anos
Autores
Pryangka Viana Martins, Penélope Correia, Diogo Silva, Lúcia Carvalho, Luísa Frutuoso, Jessica Neves, Tiago Fonseca, Sílvia Pereira, Tiago Ferreira, Mário Nora
Resumo Introdução
Em 1990, surgiu o conceito de colecistectomia laparoscópica realizada em contexto ambulatório. Desde então, tornou-se uma das cirurgias eletivas mais frequentes nos países ocidentais. A seleção adequada dos doentes é crucial para o bom funcionamento do circuito de ambulatório. Objetivos: Avaliar complicações, taxa de reinternamento e reintervenção em doentes submetidos a colecistectomia em ambulatório, com análise dos períodos pré, peri e pós-operatório.
Resumo Métodos
Estudo observacional retrospetivo de colecistectomias realizadas em ambulatório, de janeiro de 2021 a dezembro de 2023.
Resumo Resultados
Incluídos 551 doentes, 75% do sexo feminino, com idade média de 51,5 anos. Alta <24h foi obtida em 99% dos casos. Cerca de 41% apresentaram pelo menos um fator de risco (IMC > 30 kg/m², idade > 65 anos, cirurgia abdominal prévia, patologia biliar anterior ou ASA > 2). A indicação cirúrgica mais comum foi litíase vesicular sintomática (31%). Taxa de conversão para cirurgia aberta foi de 0,4%; taxa de complicações de 3,4% (maioria a custa de complicações minor), foram reinternados 1,2% dos doentes e reintervencionados 0,7%. A taxa de mortalidade foi 0%.
Resumo Discussão
A baixa taxa de complicações está de acordo com a literatura reforçando a importância de critérios de seleção rigorosos. A colecistectomia laparoscópica em contexto ambulatório, com critérios de seleção adequados, é um procedimento seguro e eficaz, com baixas taxas de complicações e reinternamentos.